segunda-feira, agosto 21, 2006

O que Trish fez - Tormentos (Capítulo 2)

Obrigado a todos que leram e comentaram o primeiro capítulo do conto "O que Trish fez", só me motiva a continuar escrevendo.
O conto terá 10 capítulos e vou tentar chegar ao fim dele o mais rápido possível para evitar suspense hehehe.
Fiquem com o capítulo 2:
2 - Tormentos
O consultório estava lotado naquela terça feira. O Dr. Rutherford havia anotado quantos pacientes atendera: 187. Um número absurdo. Não cobrava nada. Prestava aqueles serviços porque amava a medicina. E porque amava mais ainda ajudar quem não tinha condições de pagar por sua saúde. Eram 18h07 e não tinha expectativa de sair dali. Resolveu tirar uma pequena folga para um café. Tirou os óculos e enxugou a testa. Os olhos negros e profundos mostravam cansaço, e as grandes olheiras também contribuíam. Entrou em sua sala particular e abriu a janela. A vista era agradável. Várias árvores tornavam o ar mais fresco, e o bairro, apesar de movimentado, era lindo. O vento amenizava o calor e o médico relaxou. Talvez, por isso, o susto tenha sido tão grande quando ouviu a gritaria.
- Doutor Brandon!!! Brandon Rutherford!! – ouviu pela porta de sua sala e logo em seguida saiu correndo.
- O que houve?
- Doutor...eu estou louca! – disse uma jovem, aos prantos.
- Acalme – se – disse o médico, amparando a menina – o que está acontecendo?
Parou por um momento e admirou a garota. Era linda. Cabelo vermelho, olhos azuis, baixinha. Não parecia do tipo que precisava de ajuda psicológica. Como ela sabia seu nome?
- Eles...eles não param de me atormentar.
- Eles quem? Alguém está te agredindo? Você sente algo
- Não doutor! – gritou a ruiva. O senhor não entende! – e continuava chorando
Algumas pessoas, assustadas, se aproximaram. Queriam intervir, mas não sabiam como. O Dr. Rutherford levantou, cheio de dúvidas e bastante preocupado. Quem era aquela menina? E quem a estava atormentando?
- Olha, acalme-se. Venha até a minha sala e vamos conversar melhor.
- Não, Brandon! – gritava. Você tem de me ajudar. Só você pode me ajudar. Ela não me entende! Ela não me ouve! O senhor precisa falar com ela. É importante, ela corre perigo. Você corre perigo... Eles têm de parar...
- Minha jovem, acalme-se, pelo amor de Deus! Vamos começar pelo mais simples. Qual o seu nome? E de onde diabos me conhece, já que me chama apenas de Brandon?
Nesse momento, a bela ruiva mudou a expressão. Seus olhos ficaram completamente negros e um sorriso maldoso estava estampado em sua face. Brandon colocou a mão na boca e tapou um grito abafado. Jamais tinha visto algo assim. Uma voz completamente diferente da aguda voz da menina foi ouvida.
- O tão importante Brandon Rutherford. Não consegue nem entender um simples recado. Seu estúpido! Preste atenção! O mensageiro não é importante. Entenda a mensagem. Ela pode tentar, mas nunca vai conseguir avisar aos outros o que somos. Mas é melhor o senhor parar de ajudar a louca...ou não nos responsabilizamos com o que pode acontecer!
Um clarão encheu a sala e logo tudo estava em sua normalidade. O médico estava apavorado, e algumas pessoas tentavam falar com ele.
- Doutor? O senhor está bem? – perguntou uma velhinha com o braço enfaixado.
- Onde está a menina?!
- Que menina?
- A que estava aqui...
- Doutor...o senhor está imaginando coisas. Estamos preocupados. O senhor ficou aqui falando sozinho...está tudo bem?
- Não...não é possível!
Brandon correu em direção a sua sala. Abriu a porta e entrou esbaforido. Tremia. Quase chorava. Pegou o telefone e discou, trêmulo. Errou o número três vezes antes de conseguir completar a ligação. “Ótimo...caixa postal...” pensou. Logo após o sinal, deixou sua mensagem.
- Trish...é o Dr. Brandon. Você não está louca... Venha ao consultório tão logo ouça essa mensagem. Ela me visitou Trish...A Marla...

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

aaaaaaaahhhhhhh
*___*!!!!!!!!

5:32 PM  

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