sábado, setembro 02, 2006

Mal entendido ou mal feito?



Sofia Vergara é colombiana e mega talentosa.
Cadê as atrizes brasileiras?!
É alguma novidade dizer que, mais uma vez, um filme brasileiro ficou de fora da lista de indicados ao Oscar para “Melhor filme estrangeiro”? É novidade dizer que isso nem parece ter afetado o mercado nacional de cinema, que parece não aprender e cada vez mais ficar apegado a chavões como “foi injusto” ou “o cinema brasileiro é mal compreendido”? Pois bem, nada é novidade, tampouco chocante.
Um dos principais motivos para os freqüentes fracassos do cinema nacional é apostar em temas e fórmulas que caracterizam o Brasil, sempre, como país do carnaval ou lugar violento e pobre. É só reparar: Central do Brasil foi um dos poucos que chegou a “decisão” do Oscar, mas não empolgou, porque, apesar de mostrar uma história até certo ponto emocionante e com uma lição, nada mais foi do que contar algo que diversos filmes sem destaque já fizeram por aí. Se for fazer uma simples comparação com o cinema norte americano, europeu e asiático, é de se envergonhar. O cinema japonês, que é genial, faz produções sem gastar demais e apelar para muitos efeitos, o que pode parecer impressionante. Bons exemplos são os filmes “Dark Water”, que na versão americana foi o brasileiro Walter Salles, que comandou e “Ju On”, na versão americana “O Grito” com a loirinha Sarah Michelle Gellar.
Outra coisa que esses cinemas fazem é apostar na literatura de seus países! Como o Brasil, celeiro de grandes escritores e artistas geniais pode deixar tão de lado a sua riqueza literária e apostar em filmes já manjados? É de se lamentar, de verdade. Só para constar, livros como de Érico Veríssimo, Luís Fernando Veríssimo até, pensando de maneira mais jovem, André Vianco e os criadores do Necrozine dariam excelentes adaptações...
Só para finalizar, o último fracasso se deu em “Dois filhos de Francisco”, história dos cantores Zézé de Camargo e Luciano que tiveram uma infância muito pobre, repleta de tragédias, tanto familiares como de outras dimensões. Alguma comparação com “Central do Brasil”? Ou com “Carandiru”? Não, seria até impróprio fazer uma, porém, uma coisa conta demais no mundo do cinema: originalidade.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Alêee....só vc msm
deve ter 3848374 anos que num comento em nd rs
mas tá legaaal..como tudo q vc faz neh

huhuhuh...mas alee..saudadonaaaa

amoooo vc maninhoooo

11:48 PM  
Blogger Camila Fernandes said...

Moço,
Não sei se concordo que nossos filmes são mal-feitos - muitos têm tudo de que precisam, de uma boa história e um bom elenco até efeitos bem-dosados que não ofendem a inteligência do público - mas sou obrigada a concordar que o cinema brasileiro abusa de historinhas de miséria, violência e o escambau. Mas fique atento ao cinema alternativo brasileiro ou mesmo aos filmes mais "leves" (comédias bem-sacadas, ainda que com atores globais enjoados), pois coisas interessantes saem dessas áreas.

11:47 AM  
Blogger Camila Fernandes said...

Ah, sim... também torço pra que alguma história dos "criadores do NecroZine" algum dia vire filme. Rs! Obrigada pela menção, querido.

11:49 AM  

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