O que Trish fez - Marcas (Capítulo 4)
4 – Marcas
O Dr. Rutherford retirou a fita e desligou o vídeo cassete. Respirou fundo e abriu a porta. Lá estava a jovem Trish. Brandon olhou para ela, curioso. Trish estava de pijama, descalça e aparentava estar muito sonolenta. Porém, ele não perguntou nada. Tirou sua jaqueta, passou em volta de menina e a convidou para entrar.
- Vim o mais rápido que pude! – disse uma ansiosa e exausta Trish.
- Por favor, sente-se. Precisamos conversar.
Conversaram por mais de uma hora sobre o que acontecera com Trish, da visita de Marla ao médico e outras coisas. Brandon ficou bem assustado com o acidente de Trish. “Ela poderia ter se matado”, pensou. Examinou rapidamente a jovem e constatou que estava bem ,apesar dos ferimentos. Olhando para a jovem, lembro-se do começo da carreira na medicina. Foi muito difícil, de fato. A residência, traumática. Em seu primeiro caso, foi assistente de operação em uma das maiores tragédias médicas já registradas. Uma jovem menina teria um rim transplantado, algo que salvaria sua vida, cheia de anseios e sonhos. Porém, o cirurgião chefe errou. Estava trabalhando 36 horas seguidas, e só conseguia tal feito com as “bolinhas”. Havia tomado uma quantidade grande de anfetamina para se manter ativo e foi este o seu erro. Nem percebeu quando entrou em choque. Sequer viu quando derrubou o bisturi. Tampouco sentiu quando o objeto caiu dentro do abdômen aberto da jovem. Brandon entrou em desespero com a cena. A menina, Carol, sentiu uma dor inimaginável e não pôde expressar. Naquele momento, o Dr. Rutherford pensou em desistir. E desistiu. Não seria mais cirurgião. Não iria mais ver nenhum fantasma em sua vida. Aquela seria sua única marca. Pelo menos, é o que pensara.
- Trishie, - disse carinhosamente – nos conhecemos há pouco tempo, mas me sinto estranhamente ligado a você. Preciso que veja algo que pode ser perturbador.
Colocou a fita e mostrou à jovem exatamente o que o havia assustado ainda há pouco. Trish ficou perplexa. Tremia e queria choar.
- Do – doutor... isso está errado! Não foi isso que aconteceu! Esta não é a Marla! É um demônio!
- Trish, acalme-se. Tente...
- Não Brandon! – sua voz havia mudado. Estava mais grave, como na vez que Marla visitou o médico. O Dr. Rutherford estava ficando assustado. Isso não ta certo! A Marla não tava assim naquele dia! “Esssa Marla” daí é como...como...aquela do acidente...
- Trish, quer dizer que naquele dia você viu...
- Nããããããããão! Ela só tinha te tocado! Ela não apertou seu braço desse jeito!
Brandon havia esquecido. Sentiu novamente a dor no braço. Rapidamente ergueu a manga e viu o ombro. Lá estava a marca. Diferente do que poderia imaginar. E assustadora demais. Era algo escrito, com sangue. Um arranhão em sua carne. E lá dizia: Eu sou a Trish!
Foi a última coisa que Brandon viu. E a última que ouviu foram palavras assustadoras.
- Você sabe demais, doutorzinho.
O médico teve seu pescoço torcido pela menina em sua sala. Rápido, indolor, mas mortal. Após matar Brandon, Trish já não era mais a mesma. Os cabelos negros agora eram ruivos. Os olhos totalmente negros e profundos. O pijama não estava mais lá, e sim um longo vestido branco manchado de sangue Saiu em disparada do consultório, mas não correndo. Parecia planar. Tinha pressa de chegar a algum lugar. Mais alguém sabia algo que não devia. E deveria morrer por isso.
De volta na casa 187 da Avenida Vivaldi, Robertha Redmore tinha uma carta nas mãos. Leu duas vezes antes de desmaiar.
3 Comments:
q q tava escrito na carta? ein alê??
ein?
conta ae!
uhulll.. primeira
(isso eh taum mongol d se dizer, mas é inevitável uahuahuha)
ai minha nossa.. fodástico...
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